Como a resolução foi não repetir os caminhos feitos, este ano vamos
fazer o Caminho Português pela Costa.
Este caminho apenas é diferente do Caminho Português até Vigo, já que depois o percurso é único.
São cerca de 260 km e este ano resolvemos aproveitar a ponte do 1 de Maio para efectuar esta
peregrinação e vamos manter a carrinha de apoio, já que não só nos permite
pedalar mais leves como nos apoia nas paragens com água e comida. Vão participar 9 ciclista e um motorizado e vamos partir da Maia.
Dia 27.04 - sexta-feira
Santuário de N.Sra do Bom Despacho |
Acabamos por partir mais tarde, pelas 20h, o que implicou fazer o
caminho já de noite.
Saímos seguindo as setas amarelas porque da Maia tanto se pode ir pelo
Caminho Português como pelo Caminho da Costa, assim fomos em direcção a Moreira onde atravessamos a N13
para Vila Nova da Telha, seguindo a partir daí sempre para norte.
Nesta zona a sinalização ainda não é muito boa mas levávamos gps que
nos permitiu seguir o caminho mesmo quando não víamos setas durante algum
tempo.
Paramos em Labruge em cuja igreja carimbamos a credencial e passamos em Vila do Conde, ao
lado
da igreja Matriz ou de S. João Baptista e seguimos até à primeira paragem, na
Póvoa de Varzim, em frente à capela de S. Tiago.
Capela de S. Tiago, Póvoa |
Depois de algumas fotos à capela e à fonte em forma de vieira seguimos
para A-Ver-o-Mar e paramos novamente em Fão, mas desta vez para comer uma das
famosas clarinhas. Esposende fica no outro lado da ponte.
O albergue de S. Miguel das Marinhas é explorado pelos bombeiros e é
próximo ao quartel mas fica situado já na saída da cidade. Chegamos lá passava
das 22h e tínhamos percorrido 48km.
Fomos recebidos de forma sempre simpática e atenciosa, de imediato nos
carimbaram as credenciais para que a saída seja mais rápida. Quanto às
bicicletas verificamos que iam fazer companhia a outras e que estavam bem guardadas
pois está lá gente toda a noite.
Albergue S, Miguel Marinhas |
Como já era muito tarde fomos de imediato jantar a um restaurante
próximo que estava quase a fechar pois já eram 23h e depois fomos dormir.
Dois dos ciclistas que nos vão acompanhar não vieram hoje mas vêm ter
connosco amanhã.
Dia 28.04 - sábado
Levantámo-nos pelas 7:30 mas tal como prevíamos a saída foi demorada,
mesmo usando também a casa de banho das senhoras. Depois de prontos e equipados
fomos tomar o pequeno almoço enquanto sabíamos que os nossos 2 colegas já
estavam a caminho desde a Maia.
O pequeno almoço foi um pouco demorado e já passava das 9h quando
arrancamos e o combinado é
que se todos seguirmos as setas eles nos vão apanhar pois já deu para perceber que são os mais rápidos do grupo.
que se todos seguirmos as setas eles nos vão apanhar pois já deu para perceber que são os mais rápidos do grupo.
rio Neiva |
Os caminhos a partir de Esposende são por estradas rurais ou mesmo
trilhos e acabamos por nos reunir junto a um marco já
próximo do rio Neiva e que antecede um single track que tem que ser feito com cuidado e que termina junto à azenha da Guilheta, junto à qual existe uma curiosa ponte a atravessar o rio Neiva, feita com esteiros de granito.
próximo do rio Neiva e que antecede um single track que tem que ser feito com cuidado e que termina junto à azenha da Guilheta, junto à qual existe uma curiosa ponte a atravessar o rio Neiva, feita com esteiros de granito.
Ainda apanhamos caminhos medievais, em pedra, cujas subidas foram
feitas a pé para evitar quedas e lá fomos andando até que chegamos ao mosteiro Beneditino de S.
Romão do Neiva, tendo em frente a enorme escadaria que termina na capela de N.
Sra da Boa Viagem.
Paramos alguns minutos para apreciar aquele monumento que nos aparece
de forma imprevista e seguimos caminho para a próxima grande localidade que é
Viana do Castelo, onde chegamos fazendo maioritariamente estrada. Atravessamos
a ponte Eiffel pelo passeio que é muito estreito porque de um lado tem o
corrimão que não é muito alto para quem vai de bicicleta e no outro lado tem
uns pilares que não deixam muito espaço livre e aos quais temos que estar
atentos para não bater com o pedal.
Chegados ao outro lado, reunimo-nos e dirigimo-nos à confeitaria
Natário J
onde estivemos quase uma hora.
capela de N.Sra da Boa Viagem |
Após o almoço o nosso destino foi o ferry boat em Caminha e para
lá nos dirigimos sempre pela orla marítima, deparando-nos sempre com bonitas paisagens.
lá nos dirigimos sempre pela orla marítima, deparando-nos sempre com bonitas paisagens.
Vila Praia de Âncora |
Quando o barco atracou em La Guardia resolvemos não atravessar o monte
mas contorná-lo pela estrada e acabamos por parar um pouco nesta cidade. De
seguida tivemos que subir pela via atlântica
que é uma extensa via rápida que nos vai levar a Oia mas que tem um separador físico dos carros.
que é uma extensa via rápida que nos vai levar a Oia mas que tem um separador físico dos carros.
Oia é uma vila muito pitoresca e onde tem um bonito mosteiro em cima
do mar, estivemos algum tempo a descansar da subida e a apreciar a paisagem mas
depois continuamos para Baiona onde apanhamos ainda muita estrada com pequenas
derivações para o caminho antigo.
Mosteiro de Oia |
O local era mesmo muito agradável, com quartos individuais e com uma
zona com vários chuveiros e wc que nos deixou perceber que desta vez não
haveria atrasos. Tudo isto por 10€.
Como neste primeiro dia tínhamos feito 95 km (143 km os que saíram da
Maia) estávamos cansados e por isso fomos comer ali próximo e depois dormir.
Dia 29.04 - domingo
Combinamos encontrar-nos pelas 8h e resolvemos dar um passeio pelo
espaço já que o albergue é apenas uma parte de umas instalações bem maiores que
incluem uns bem arranjados jardins, depois
subimos para as bicicletas e fomos tomar o pequeno almoço junto ao mar só que tivemos dificuldade em encontrar um local aberto. Era domingo de manhã e foi possível ver como aquela gente aprecia andar de bicicleta pois vimos muitos grupos a passar.
subimos para as bicicletas e fomos tomar o pequeno almoço junto ao mar só que tivemos dificuldade em encontrar um local aberto. Era domingo de manhã e foi possível ver como aquela gente aprecia andar de bicicleta pois vimos muitos grupos a passar.
Depois disto voltamos ao albergue colocamos as coisas na carrinha e lá
fomos para a jornada seguinte que tinha Pontevedra como objectivo.
Este caminho é uma mistura de estradas interiores e caminhos mas a
primeira paragem para uma foto foi no Pazo Cea de onde seguimos até à bonita
igreja do sec. XIV de Sta Maria de Castrelo, atras da qual havia um bonito parque
que atravessamos, tendo descido antes umas escadas de acesso e depois andamos
por ruas, sempre a subir, até que acabamos por chegar a Vigo.
ig. Sta Maria de Castrelo |
baía de Vigo |
Esta parte foi um bocado acidentada e assim continuou por caminhos em
terra até Redondela onde fizemos uma visita rápida e acabamos por almoçar num
restaurante, chegando entretanto a nossa carrinha de apoio.
A seguir ao almoço tivemos que percorrer alguma estrada, com
algumas
subidas com razoável inclinação, para chegarmos a um local que nos oferecia uma
vista esplendorosa da baía de S. Simon. Paramos para tirar umas fotos e
continuamos para Sampaio, atravessando a sua ponte Romana e chegados ao outro
lado temos um percurso muito sinuoso e difícil pela parte antiga da vila com
ruas muito estreitas e com muita inclinação e que acaba por desembocar numa
estrada romana que tem mesmo que ser feita a empurrar a bicicleta, de outra
forma representa um risco para o bem estar dela e nosso.
baía de S. Simon |
estrada romana |
Pontevedra tem uma zona antiga bonita e fomos para o lado da Sé à
procura de um restaurante que alguém conhecia mas que não encontramos, o que
não impediu que jantássemos bem noutro restaurante de tapas.
Estava a chover e acabamos a noite a beber uma caña num dos imenso
bares que por lá existem.
30.04 - segunda-feira
Pontevedra |
Saímos de Pontevedra no que ia ser uma dia chuvoso, este percurso teve
caminhos rurais e à medida que noa aproximamos do destino notamos numero cada
vez maior de peregrinos.
Parque do rio Barosa |
Paramos junto a um cruzeiro para tirarmos a foto e nos agrupar mas a
grande paragem é no Parque do rio Barosa que para visitar tivemos que fazer um desvio. Tem uma cascata de água muito bonita, estivemos por lá algum tempo e depois retomamos o nosso caminho para chegar a Caldas D’el Rei onde já nos esperavam com comidinha. É uma cidade termal onde passa o rio Bermaña e que tem uma parte antiga muito engraçada mas que não pode ser muito apreciada por ser dia de feira e estar cheia de gente, o que tornou cuidadosa a nossa progressão.
grande paragem é no Parque do rio Barosa que para visitar tivemos que fazer um desvio. Tem uma cascata de água muito bonita, estivemos por lá algum tempo e depois retomamos o nosso caminho para chegar a Caldas D’el Rei onde já nos esperavam com comidinha. É uma cidade termal onde passa o rio Bermaña e que tem uma parte antiga muito engraçada mas que não pode ser muito apreciada por ser dia de feira e estar cheia de gente, o que tornou cuidadosa a nossa progressão.
Sta Maria de Carracedo |
Padron |
Mesmo na entrada da cidade tivemos o único furo desta viagem que se resolveu mudando a câmara de ar.
Quando chegamos à praça já tínhamos alguns companheiros de jornada à
espera e o grupo que partiu a pé desde Valença, quatro dias antes.
Estas chegadas são sempre bastantes sentidas e depois de nos
felicitarmos tiramos a foto em grupo, para a posteridade.
Eram uma 17h e tínhamos andado 58km. De seguida fomos para o albergue
Seminário Maior, onde descansamos um pouco e saímos para jantar e comemorar a
viagem.
01.05 - terça-feira
Levantamo-nos para ir buscar o certificado de peregrino após mostrar a
credencial devidamente
carimbada e onde há sempre necessidade de espera porque chegam dezenas de peregrinos por dia a esta cidade.
carimbada e onde há sempre necessidade de espera porque chegam dezenas de peregrinos por dia a esta cidade.
Pelas 10h chegou o autocarro com as nossa famílias que nos vieram
buscar. Fomos assistir à missa dos peregrinos, 12h, e depois colocamos as
bicicletas no autocarro e fomos já almoçar no caminho para cidade da cultura
que pretendemos visitar durante a tarde, obra de Peter
Eisenman.
Cidade da Cultura |
Cidade da Cultura e Catedral |
Foi uma visita que todos recomendam e onde tiramos imensas fotos.
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